Resultado da viagem do governador Eduardo Leite a Nova York em maio, executivos do Bank of America vieram a Porto Alegre para uma reunião no Palácio Piratini. Participaram o vice-chairman no Brasil, Ricardo Diniz, o diretor-gerente da área de investment banking, Hans Lin e a diretora de instituições financeira, Sheyla Lodi. Pelo lado do governo, além de Leite, sentaram-se à mesa os secretários Leany Lemos (Planejamento, Orçamento e Gestão), Marco Aurélio Cardoso (Fazenda) e Bruno Vanuzzi (Parcerias).
Um dos principais temas da reunião foi a carteira de projetos do Estado, principalmente a abertura de capital da Corsan e a oferta de ações ordinárias do Banrisul, além da futura privatização de CEEE, CRM e Sulgás. Como nenhuma das duas operações está definida, a conversa foi preliminar e não avançou em detalhes, mas serve de termômetro para o governo do Estado e também para a instituição financeira.
O Bank of America foi um dos que saíram reforçados da crise de 2008, que provocou a quebra de centenas de bancos no pulverizado mercado americano. Absorveu uma das grandes casas de investimento dos Estados Unidos, a Merrill Lynch, e se tornou a segunda maior instituição financeira americana. No Brasil, foi alvo de especulações até de uma fusão com o Banco do Brasil, depois de uma brincadeira feita pelo ministro Paulo Guedes sobre o assunto em Dallas, Texas.
A abertura de capital da Corsan está confirmada e prevista para próximo ano, mas a venda das ações que não representam controle público do Banrisul ainda não tem definição oficial, repetiu na terça-feira o governador.