Nos próximos dias, os gaúchos vão ficar sabendo como foi o desempenho da economia do Rio Grande do Sul no ano passado. O resultado nacional foi divulgado em 28 de fevereiro e, mais de um mês depois, o estadual ainda é desconhecido. O cálculo ainda será feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), contratada pelo governo Sartori para assumir parte das funções da extinta Fundação de Economia e Estatística (FEE).
No entanto, depois dos problemas do ano passado – o contrato chegou a ser suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Justiça –, surgiu a possibilidade de voltar a fazer as contas “em casa”. Conforme a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, o atual contrato está mantido, e deve gerar, em breve, uma “estimativa do PIB” do Rio Grande do Sul.
– Estamos reestruturando e fortalecendo o Departamento de Economia e Estatística (DEE, seção criada com a extinção da FEE que absorveu a maior parte dos servidores da fundação), que incorporou as medições da antiga FEE e estudando uma possibilidade de voltar a produzir o PIB trimestral.
A secretária faz questão de frisar que tudo ainda está condicionado à retomada do convênio com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o governo do Estado. No ano passado, o IBGE rompeu o convênio que prevê compartilhamento de dados sigilosos porque os cálculos do PIB gaúcho não seriam feitos por uma instituição pública. Esses dados garantem que as contas trimestrais estaduais, feitas em cada unidade da federação, são comparáveis.
– Essa reestruturação do DEE não será feita do dia para noite, mas caso seja possível retomar o convênio, podemos avaliar uma redução do contrato com a Fipe e assumir diretamente a produção do indicador – detalha Leany.
A secretária destaca que considera “aderente” ao cálculo do IBGE a metodologia da Fipe. A fundação, ressalta, é “respeitada no Brasil inteiro”. A prioridade do governo do Estado, neste momento, é “não deixar os gaúchos sem os seus indicadores”. Mas todo esforço será feito para voltar a ter cálculo próprio e comparável ao das demais unidades da federação.
– Queremos retomar algumas das atividades do departamento, mostrar que temos capacidade técnica instalada.