Resultado da aplicação das novas formas de vínculo entre empregador e empregado, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, vai mudar. A base de dados que reflete o balanço entre contratações e demissões deverá registrar informações relacionadas ao trabalho intermitente, parcial, tele-trabalho e desligamento por acordo entre empregado e empregador.
Conforme o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a intenção de criar novos campos de preenchimento é combater a informalidade e ajudar a proteger quem atua em jornada parcial e trabalho intermitente. A aplicação desses dois novos formatos de relação de emprego tem preocupado especialistas em relações de trabalho, que veem riscos de precarização com esses novos dispositivos.
O Caged é a principal fonte de informação sobre a movimentação do mercado de trabalho forma no país – com carteira assinada. Mas também funciona como instrumento para o governo acompanhar e fiscalizar admissão e dispensa de trabalhadores regidos pela CLT.
O cadastro é utilizado pelo programa de Seguro-Desemprego para conferir dados de vínculo trabalhista, além de outros programas sociais. Serve ainda como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.