Se aproxima o Natal de 2020. Aqui vai uma sugestão de presente para você dar à família e aos amigos: te cuida, seja prudente. A melhor oferenda é seguir bem, não adoecer. Eles contam contigo para viver e ser cuidados.
A pandemia destruiu nosso ânimo, acabou com a nossa paciência, exauriu nossas economias, adoeceu e machucou a tantos. Por isso precisamos de gente inteira e disposta para ajudar quem caiu e fraqueja, quem está na lona.
Você está cansado? Não diga, pois eu também. Aliás, Santo Expedito está cansado, Ogum está cansado, até Buda está cansado. E daí... É justamente a hora de ser adulto.
Sabe quando vemos filmes de tempos difíceis, que mostram o sacrifício necessário para suportar, pois é a nossa vez. Não é fácil viver anos históricos, eles nos exigem em dobro. O desafio é estar à altura dos acontecimentos que não escolhemos.
Gostaria de dizer que estamos no finalzinho da pandemia, mas de fato não parece. Sei que estamos saudosos dos amigos, da família, de estarmos juntos, dos abraços, daquela magia que só acontece quando nos reunimos. Mas o Natal vai ter que ser magro em encontros, paciência.
Faça o Natal ser gigante de outra forma, invente. Foi um ano de inovar, encontre uma forma de expressar seu amor pelos que te são próximos. Afinal, essa é a essência desta data: celebrar os afetos.
Já que estamos comemorando o nascimento do Salvador, escute Jesus soprando no teu ouvido: “Faça a coisa certa”. O certo é que não é hora de esmorecer. O certo é máscara e distanciamento social. O certo é ficar vivo para seguir celebrando o Natal.
Mas tem quem não se cuida, você dirá. Sim, sempre é assim. Não é a idade que diz que alguém é adulto e maduro, é a atitude. Sempre houve aqueles que ficaram ancorados num oposicionismo infantil, de ser contra por se sentirem “oprimidos” pelo bom senso, por ter que seguir regras de convivência. Um erro não justifica outro. Não te deixes levar pela irresponsabilidade e ignorância alheias.
Quando algo muito ruim acontece na vida de alguém, existem dois caminhos. O primeiro é a aceitação, mas que leva à depressão. Porém, depois que se aceita e se sofre pelo golpe, saímos para resolver a situação. O outro é a chamada resposta maníaca, negando ou minimizando o que aconteceu. Na vida em sociedade, não é diferente. O drama é que quem não admite que sofreu uma perda tampouco a resolve. Escolherá um caminho que siga referendando que pouco ou nada aconteceu. Seguirá infantilmente na fantasia do que lhe é conveniente acreditar.
Natal é amor, é cuidado, é lembrar.
O verdadeiro espírito natalino deste ano é levar a sério as recomendações de saúde. Não leve de presente o vírus por não conseguir se cuidar. Não se esqueça: Papai Noel está de olho. E de máscara.