Uma série de fatores vai criar uma disputa acirrada nas posições ofensivas da equipe do Inter. À procura da formação ideal, Miguel Ángel Ramírez terá tempo para testar as opções. Não será do dia para a noite, que as coisas vão se ajeitar. Retornando de um longo período de parada, Paolo Guerrero ainda é uma forte referência. Quando estiver em recuperação plena, fica complicado não escalar o peruano na frente.
Com muitos gols recentes no cartel, Yuri Alberto larga na frente dos demais. É o principal atacante do Colorado no momento. Acredito que pode se adaptar muito bem para executar a função de segundo atacante. Além disso, tem potencial para receber assédio do mercado externo. Todos nós sabemos que o clube precisa de recursos vindos de negociações.
Depois de ser o goleador do time em 2020, Thiago Galhardo perdeu espaço no final da temporada por lesão. Mas não podemos esquecer que ele é uma ótima opção para atuar do meio para frente. Ramírez quer jogadores que atuem pelos flancos. Descoberta da época de Abel Braga, Caio Vidal prefere aparecer pela esquerda. Mas pode jogar também pelo lado direito.
Do Unión Española chegou Carlos Palacios. O jovem de 20 anos joga pelos lados, como meia centralizado - estava atuando dessa forma nas últimas partidas no Chile - e até como uma espécie de falso 9.
Peglow ainda precisa passar por um processo de maturação. É um talento da base e pode evoluir. E correndo por fora, Abel Hernández, que chegou na emergência com a lesão de Guerrero, tem contrato até o meio do ano. Pode não permanecer no Beira-Rio por questão de custos.
Com todas as opções à disposição, resta saber exatamente qual é o pensamento do treinador para formatar o ataque do Inter. Os próximos jogos podem clarear o cenário. Penso que a parceria de Yuri Alberto com Guerrero pode ser aquela que tem maior força ofensiva. E Thiago Galhardo pode até ser um meia. Claro que tudo vai depender dos conceitos de Ramírez, que são soberanos nas escolhas.