A questão da permanência, ou não, de Abel Hernández no grupo do Inter ganhou maior repercussão do que se imaginava. Mesmo que nunca tenha se firmado no time titular, o atacante uruguaio agradou boa parcela do torcedores colorados, muito pelo gol que fez no Gre-Nal, além de outros quatro na temporada.
Eu mesmo gostei de algumas atuações e me incluía neste grupo de torcedores, até porque nossas outras opções para o ataque têm grandes probabilidades de nos desfalcarem durante o ano. Yuri Alberto certamente será convocado para seleções “sub alguma coisa”, e sabemos que a CBF faz estas convocações em meio ao calendário, prejudicando os clubes.
Também sabemos que, pelo que ele joga, corre grande risco de sair para o exterior em alguma janela. Já Paolo Guerrero, certamente, será chamado pela seleção peruana para as datas Fifa - as quais a CBF também não respeita - e para a Copa América.
Mas o que complica mesmo a permanência de Abel Hernández é a informação de que seu salário gira na casa de meio milhão de reais. Aí realmente fica inviável. Ainda mais numa realidade financeira como a do Internacional - que fala explicitamente em politica de redução de custos - e num ano onde, muito provavelmente, não teremos receitas de bilheteria.
Propor uma redução salarial a ele talvez seja a única solução. Caso Abel não aceite, que se vá ao mercado procurar alternativas. Precisamos de opções de reposição para o ataque.