Um colombiano poderá, ali na frente, embalar os sonhos de gols dos gremistas. Kevin Quejada, 17 anos, foi titular do time sub-17 na campanha até a semifinal da Copa Santiago e ganhou como prêmio a permanência no Grêmio em 2020. Quejada é um centroavante clássico, de imposição física e presença de área. Foram essas características que fizeram o clube gaúcho trazê-lo para um período de testes.
Quejada foi descoberto pelo clube em outubro. O clube gaúcho foi o único brasileiro no Torneo de las Américas, uma competição que reuniu 124 equipes em Cali e foi disputada nas categorias sub-15, sub-17 e sub-19. Na verdade, de "las Américas" a competição tem muito pouco. O Grêmio e uma equipe panamenha eram os únicos estrangeiros. O torneio, na verdade, é uma grande vitrine de joias colombianas. A lista de estrelas do país que a disputaram é grande: James Rodríguez, Yerry Mina, Ospina, Cuadrado, Duvan Zapata, Borré e tantos outros.
O Grêmio venceu na categoria sub-17. Na semifinal, só avançou nos pênaltis contra o Fútbol Paz, que tinha como camisa 9 o grandalhão Quejada. O Fútbol Paz é um clube abrigado na região metropolitana de Cali e reconhecido como formador na Colômbia. Na volta para Porto Alegre, o clube gaúcho trouxe Quejada para um período de testes, que incluíam a Copa Santiago.
O guri tem futebol no sangue. Seu pai, Andres Quejada, é um zagueiro surgido no América de Cali e rodado em clubes menores do futebol colombiano. Aos 34 anos, ele acaba de se acertar com o Aguila, de El Salvador. Em mensagem via Instagram, "Quejada pai" comemorou a chance do filho no Brasil. O coordenador geral da base do Grêmio, Francesco Barletta, define o centroavante como "joia bruta". Segundo Barletta, o guri começou bem a Copa Santiago, fez dois gols, mas sentiu o ritmo intenso e caiu na reta final. A amostragem, porém, foi suficiente para garantir a permanência.
— Ele tem perfil clássico do 9 de área, tem força e velocidade. Vamos seguir observando-o em períodos aqui — definiu o coordenador.