A primeira entrevista dos novos dirigentes do futebol, Alexandre Rossato e Guto Peixoto, sinalizou que o Grêmio já definiu um norte na busca pelo novo técnico. Parte, agora, para os nomes, as conversas e as negociações.
O plano inicial do presidente Alberto Guerra era de anunciar o novo treinador nesta primeira semana de férias. O processo está sendo bem mais lento e cuidadoso.
Há pressa da torcida e uma necessidade de pressa também pelos prazos, mas a velocidade do Tricolor precisa ser também a mais segura. Não há margem para erro. O Gauchão Fifa de 2025 está logo ali, virando o ano e exigirá concentração total e um mínimo de deslizes.
Mais do que o nome, o Grêmio precisa saber o que ele pretende para o próximo ano, de que forma quer ver cristalizado em campo suas ideias de futebol.
Em resumo, Guerra e seus dois dirigentes do futebol precisam saber que time querem ver jogando. Sem isso, contratar um técnico será como apostar na loteria.
Há alguns obstáculos a serem vencidos. O mercado brasileiro oferece nomes que empolgam pouco. O estrangeiro, uma variedade de nomes. Porém, esses querem mais do que uma equipe. Pedem um projeto bem desenhado, com tempo para ser desenvolvido e aplicado.
O tempo, no caso do Grêmio, tem limite de um ano, que é quando acaba essa gestão. Para vencer essa barreira do calendário e trazer alguém com contrato mais extenso, que avançaria para o próximo presidente, teria de ser um nome incontestável, para o qual ninguém torceria o nariz. Tite seria esse técnico, mas declinou do convite.
Mesmo que precise trabalhar de forma criteriosa, a direção sabe que há prazos a cumprir. Rossato e Guto revelaram que o CDD já listou nomes, categorizou-os e os enviou aos dirigentes para que a parte prática se iniciasse.
O técnico é só primeiro nome a ser trazido. Depois dele, virão os assistentes e preparadores da comissão fixa e, principalmente, o coordenador técnico.
Há espaço até mesmo para um gerente de futebol, para se posicionar entre o executivo e o coordenador.
Parece gente demais, mas a cada dia segmentar tarefas profissionaliza as rotinas e limita ações dentro de cada escopo. Aliás, esse foi um dos grandes problemas do Grêmio com um Renato cujo tamanho acabou fazendo com que se espraiasse por muitos outros postos.
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