O Grêmio pretende, nesta semana, entrevistar mais alguns técnicos e, assim, partir para a definição de quem comandará o time em 2025. Um dos nomes que serão ouvidos é Pedro Caixinha, português que estava no Bragantino até o final de outubro, quando acabou demitido depois de engatar sete jogos sem vitórias e fazer um returno com apenas uma vitória em 13 rodadas.
O nome de Caixinha circulava nos bastidores da Arena antes mesmo da definição da saída de Renato. O português é um técnico que agrada bastante alguns setores da direção. O estilo de jogo que adota encaixa naquilo que foi traçado como perfil pelos novos dirigentes do futebol, Alexandre Rossato e Guto Peixoto, de um time capaz de jogar com intensidade, transições rápidas e muita transpiração.
Mesmo que a reta final do trabalho no Bragantino tenha sido ruim, os quase dois anos no comando do time paulista foram de bom nível, com a melhor colocação no Brasileirão de pontos corridos em 2023, garantindo vaga na Pré-Libertadores, e duas semifinais de Paulistão. Ao todo, foram 124 jogos, com 50 vitórias, 38 empates e 36 derrotas. As perdas de Léo Ortiz e Helinho, vendidos, impactaram no rendimento do time, e Caixinha acabou sem conseguir recompor o time.
Carreira
Caixinha tem 54 anos. Iniciou sua trajetória como técnico logo depois de se aposentar como goleiro, aos 28 anos. Mas buscou a formação acadêmica para isso. Formou-se em Ciências do Desporto com especialização em futebol e fez mestrado em Treino de Alto Rendimento.
Além disso, tirou as licenças da Uefa, incluindo a Pro, a mais alta, o que o capacitou a trabalhar em clubes da elite. Iniciou como assistente de Jose Peseiro no Sporting e depois assumiu como técnico principal no União de Leiria. Em Portugal, também comandou o Nacional, da Ilha da Madeira.
A partir daí, Caixinha mostrou sua faceta de desbravar mercados. Trabalhou no México (Santos Laguna e Cruz Azul), na Escócia (Rangers) e no mercado árabe (Al-Gharafa-CAT e Al Shabab-ARA) antes de surpreender e desembarcar no argentino Talleres. Em 2023, foi anunciado pelo Bragantino.
No clube paulista, tinha um assistente português, Pedro Malta, e um espanhol, José Belman, além de um preparador físico grego, Polyvios Kyritsis.