Na quinta-feira (21), o presidente Marcelo Medeiros se reunirá com o Conselho de Gestão para discutir o projeto de cercamento do complexo Beira-Rio. O assunto ganhou as redes sociais e virou pauta de debates entre colorados. Nos bastidores do Inter, no entanto, esse tema já vem sendo ponto de discussão há alguns meses.
Em abril, o Ministério Público apresentou a sugestão de cercar o estádio no termo de ajustamento de conduta (TAC) feito para a retirada de cadeiras no setor da curva sul. No mesmo TAC, foi apresentada a ideia de que todas as organizadas ficassem reunidas nesse espaço. À época, o Inter protelou essas duas ideias e não assinou o TAC, o que gerou reuniões tensas com o MP.
A final da Copa do Brasil, em que 20 mil torcedores sem ingressos ficaram no pátio do estádio, fez com que o MP retomasse o debate com o Inter em relação ao cercamento. A ideia é apoiada pelos órgãos de segurança. O Inter revelou ao MP o seu receio de que se repitam os episódios da decisão contra o Athletico-PR, como arrastões e um princípio de incêndio na proximidade do portão 7.
Além disso, o clube percebeu grande risco de segurança com a aglomeração de torcedores sem ingressos no entorno do estádio combinada com a venda de cerveja em garrafa pelos bares locados no corpo do estádio. Uma nova reunião também com o MP será realizada. O pleito dos promotores é que o Beira-Rio comece 2020 cercado. Porém, o Inter ainda faz estudos e nem a fase de projeto foi deflagrada.