Os episódios do fim de semana serão pauta de uma reunião nesta terça-feira (12) entre Marcelo Medeiros com o comandante do 1º BPM, Leandro Luz, e com o comandante do Batalhão de Choque, Cláudio Feoli. O Inter pretende repassar informações e contar com a colaboração da BM para identificar e apurar os responsáveis pelos atos violentos de sábado.
O clube também pretende ouvir a BM sobre as ações enérgicas no domingo, com torcedores que se concentravam no Parque Marinha do Brasil antes da partida, o que já é uma tradição em dias de jogos no Beira-Rio. Medeiros rebateu insinuações postadas em redes sociais, de que as batidas policiais tivessem sido sugeridas pela direção. Segundo ele, a postura da BM teria sido motivada pelo receio de que os episódios de sábado tivessem desdobramentos.
Tesourão
Até agora, o Inter identificou 11 torcedores pelas imagens da confusão de sábado pela manhã e encaminhou os nomes para o Ministério Público. Segundo Marcelo Medeiros, todos seriam da Popular. Muitos estavam armados com paus e pedras.
Um deles, no entanto, foi flagrado usando um tesourão de cortar grama. Ele tirou a ferramenta de um jardineiro que dava manutenção em um espaço próximo ao Centro de Eventos. As imagens do confronto mostram esse torcedor atirando o tesourão contra um segurança. A identificação dos envolvidos prossegue, e mais nomes serão repassados ao MP.
Torcidas reunidas
A recomendação do MP ao Inter para que concentre suas torcidas organizadas em um único espaço, atrás do gol, será debatida no Beira-Rio. A conversa acontecerá em todas as camadas do clube. Primeiro, com o Conselho de Gestão e o diretor de Relacionamento Social, Norberto Guimarães, e depois com os líderes das organizadas.
O clube não pretende, de imediato, fazer a migração das torcidas para a área hoje ocupada pela Popular, na curva sul do estádio. Primeiro, ouvirá esses líderes. Minha percepção é de que, a sete rodadas do final do Brasileirão e com chances de conquistar uma vaga direta à Libertadores, seja proposto um pacto.