Faltou um gol. Ou sobrou aquele nos acréscimos no jogo de ida na Arena. Mas, por trás dessa simplista análise da queda gremista na Copa do Brasil, há claros sinais para Renato.
O Grêmio não fez um gol no Maracanã e também em nenhum momento esteve perto dele, embora tenha passado quase toda a noite no Maracanã com a bola no pé. Faltou criação, faltou luz do meio para a frente, aquela mesma que ilumina o passe que abre espaços na defesa ou a troca rápida de passes que desmonta as linhas de marcação do adversário.
Renato sai do Maracanã com o amargor da eliminação amenizado pelo consolo de que há a Libertadores. So que sai também do Maracanã com alguns sinais emitidos pela noite no Rio.
É preciso urgentemente chamar Luan para o lado para que se diagnostique sua falta brilho e também de força. O Grêmio depende muito da inventividade de Luan para criar, mas o que tem se visto é um jogador opaco perdido entre marcadores na intermediaria, geralmente jogando para os lados.
É preciso também rever a questão do centroavante. André parece sem conexão com o time. Muito também porque é pouco acionado e precisa recuar quase ao meio-campo para participar. A bola está chegando pouco para ele.
Há alguns ajustes de conjunto que Renato precisa fazer, para que Ramiro cresça junto, para que a classe de Maicon apareça mais e o ajude a encontrar os espaços entre os zagueiros.
Restaram o Brasileirão, onde a campanha neste momento é de quem luta por título, e a Libertadores, que virá daqui quase duas semanas e exige um simples 1 a 0 para avançar.
Renato tem tempo até lá para encontrar algumas soluções e fazer correções de rumo necessárias. Uma delas é voltar a fazer uso da bola no pé. Porque passar a noite com ela e não ameaçar o adversário traz um rastro e preocupação.