O Grêmio perdeu para o Flamengo por 1 a 0 e está eliminado da Copa do Brasil por um motivo. Nesta quarta-feira, no Maracanã, teve domínio, posse de bola e troca de passes, mas faltou-lhe o essencial. O ataque foi de asma, com o André de sempre e um Everton irreconhecível.
Isso, mais Luan bem abaixo na criação, permitiram ao Flamengo apostar só no contra-ataque depois de abrir o placar. Não conseguiu criar chances, lúcidas ou não, nem contra um adversário cansado, apesar da insistência com valentia. Diego Alves não operou milagres.
O Grêmio até reagiu bem ao gol cedo de Everton Ribeiro, impondo seu estilo de ficar com a bola e roubá-la logo após perdê-la. Foi para o intervalo com 64% de posse. Mas e a chance de gol? Essa quem teve foi o Flamengo, após erro de Bruno Cortez e chute seco do meia rubro-negro. Uma chance, um gol. Qualidade no ataque que o Tricolor nunca teve.
Na volta do intervalo, o Grêmio avançou linhas, atacou com Léo Moura e Cortez ao mesmo tempo, segurou Jailson e foi para cima, acuando o Flamengo. Geromel virou volante. Até um Vitinho displicente dar lugar a um Marlos Moreno raçudo, o Grêmio imprimiu uma blitz, mas faltou gás para mantê-la. Renato trocou André por Jael, tirou Léo Moura e apostou em Marinho. Abriu o time. Não funcionou.
O Flamengo passou do 4-1-4-1 para o 4-4-2, abrindo Diego e Everton Ribeiro na linha mais adiantada. Não demorou para estes, cansados, deixarem de acompanhar os laterais gremistas. A vantagem numérica do Grêmio nasce daí, só que eles não aproveitaram o espaço com qualidade. Paquetá e Cuéllar marcavam sozinhos. Houve espaço, portanto, mas o ataque do Grêmio foi de asma no Maracanã, na criação e na finalização. Por isso o Grêmio perdeu.