Laís, Lídia, Ícaro, Raquel e Rianna, os cinco robôs que ajudam o Tribunal de Contas do Estado (TCE) a detectar irregularidades em órgãos públicos, ganharam duas “irmãs”: Consuelo e Larissa.
Embora não seja possível ver a turma circulando pela instituição, a família de bots trabalha 24 horas por dia. Como já tratei aqui na coluna, são sistemas de Inteligência Artificial (IA) programados para cruzar milhares de dados e identificar itens fora do padrão nas auditorias.
Consuelo foi desenvolvida para consultar elos (daí o nome: “consu + elo”) entre agentes públicos e pessoas registradas no LicitaCon, o sistema do TCE que monitora licitações e contratos municipais e estaduais.
Por lei, quem tem algum tipo de vínculo com dirigentes da instituição contratante ou com servidores envolvidos na licitação, fiscalização ou gestão do contrato, não pode participar. Consuelo evita possíveis infrações.
Já Larissa é especializada em emitir alertas de risco aos auditores. Ela atua de forma integrada com os sistemas de órgãos como o Tribunal de Contas da União e a Receita Federal e conta com dados dos Cadastros de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis) e de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim). Com base em uma matriz de risco com mais de 30 itens, Larissa avisa sempre que algo não bate.
— Ambas já estão em plena atividade. O ganho é enorme, porque permite que o TCE atue em tempo real, de forma preventiva — resume Aramis Ricardo Costa de Souza, coordenador do Centro de Gestão Estratégica de Informação para o Controle Externo (CGEX) do TCE e um dos servidores por trás dos avanços em IA na Corte.