Mesmo após os problemas identificados na coleta de lixo automatizada, o consórcio Porto Alegre Limpa seguirá trabalhando nos próximos dias na cidade. O serviço será feito em conjunto com as equipes que atuam no contrato de recolhimento manual.
"Empresa que sairá continua atuando e empresa Porto Limp está dando o suporte nas ruas. Equipes servem para prevenção em caso de novas falhas nos equipamentos e até a entrada integral da nova empresa de contêineres", informa a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.
Na sexta-feira (2), o prefeito Sebastião Melo determinou a rescisão do contrato. Porém, o trâmite de desligamento está recém no início.
O consórcio foi comunicado pela prefeitura sobre a intenção de rescisão. Haverá prazo para apresentação de recurso, o que o grupo já manifestou que irá fazer.
- Não iremos deixar de trabalhar, continuaremos lutando e melhorando a cada dia - destaca o engenheiro civil Alexis Carvalho, representante do consórcio na Região Sul.
Enquanto isso, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) trabalha na contratação emergencial da nova empresa. A ideia, inclusive, é ter um novo modelo de contêiner na cidade. Ainda não é possível saber até quando os atuais pontos de descarte de lixo serão mantidos.
Em outra frente, o Tribunal de Contas do Estado investiga problemas no contrato. A pedido do Ministério Público de Contas, documentos foram requisitados e serão analisados.
Histórico
Em setembro do ano passado, o consórcio Porto Alegre Limpa assumiu parte do recolhimento nos contêineres. Um mês depois, o grupo recebeu a primeira multa por descumprimento de contrato. O consórcio não estava atuando em toda a região para a qual ele foi designado. Uma outra empresa, a Conesul - contratada emergencialmente - dava suporte.
Em fevereiro de 2023, a prefeitura anunciou a rescisão do contrato com o consórcio pela primeira vez. Porém, dois meses depois, a medida foi revertida porque não foi possível contratar uma nova empresa.
Dessa forma, o vínculo foi retomado e o consórcio passou a atuar em todos os bairros onde há contêineres, mesmo não tendo condições para tal. Quando isso ocorreu, a Conesul parou de atuar.
É a partir deste momento que os moradores começaram a perceber o lixo acumulado. Para tentar amenizar as falhas, caminhões não automatizados - que fazem o recolhimento do lixo nas demais regiões da cidade - reforçam a coleta no centro e bairros ao redor.
