Nos próximos dias, a ampliação da Avenida Severo Dullius terá um trecho liberado para uso. Será a primeira entrega feita desde 2013, quando os trabalhos começaram.
A via está sendo ampliada em 1,9 quilômetro. Desse total, 750 metros já poderão ser usados no trecho entre as ruas Sergio Dieterich e Dona Alzira.
A entrega está prevista para ocorrer na semana que vem. É bem verdade que os motoristas já usam a região de forma irresponsável. Mais próximo da Avenida Dique, por exemplo, os veículos passam por partes em chão batido, caminho que serve para os caminhões transportarem material para a obra.
Restará ainda 1,1 quilômetro que seguirá interrompido até a conclusão dos trabalhos. Desse total, 800 metros já estão prontos. Porém, sem a conclusão das pontes sobre o Arroio Areia, a prefeitura ainda não irá liberar o uso.
E a construção vai demorar mais tempo para ficar pronta. Se antes a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) previa que a obra seria entregue até 2 de julho, agora, o prazo derradeiro é até o fim do ano.
Quando a construção estiver pronta, o trecho será uma alternativa para se deslocar entre a BR-116/freeway e a Avenida Sertório, sem precisar passar pela frente do aeroporto Salgado Filho.
Um problema que a prefeitura precisará resolver é a quantidade de lixo descartado irregularmente na região. As caliças chega a formar uma espécie de dique às margens da avenida. Com frequência, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) precisa realizar ações de limpeza na região.
A obra é de responsabilidade da construtora Procon. O investimento na construção é de R$ 85,47 milhões. Já o projeto e a implantação da iluminação pública serão executados pela empresa Ipsul.
Histórico de problemas
O contrato da obra foi assinado em novembro de 2012, mas a ordem de início só foi dada em junho de 2013. Porém, assim como os contratos relacionados às melhorias de infraestrutura previstas para a Copa de 2014, a construção enfrentou muitos problemas.
Desde que foi iniciada, a ampliação já esteve cinco anos e três meses parada, de forma intercalada. Tanto é que a prefeitura quase perdeu o financiamento deste projeto. Em fevereiro de 2020, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) anunciou que estava cancelando o contrato. Em julho do mesmo ano, a prefeitura se comprometeu a retomar os trabalhos, o que ocorreu em agosto. Em outubro, o MDR garantiu a continuidade dos repasses do financiamento.