Nem bem virou o ano e a prefeitura já alterou a previsão de término de uma das duas obras da Copa de 2014 que ainda estão em andamento em Porto Alegre. A ampliação da Avenida Severo Dullius, na Zona Norte, deveria ser entregue em março.
Deveria, mas não vai. Um termo aditivo publicado no Diário Oficial de Porto Alegre confirmou o novo prazo.
Agora, a obra será entregue em 2 de julho. A via está sendo ampliada em 1,9 quilômetro.
Quando a construção estiver pronta, o trecho será uma alternativa para se deslocar entre a BR-116/freeway e a Avenida Sertório, sem precisar passar pela frente do aeroporto Salgado Filho.
Aliás, os motoristas já estão usando a via. Nos trechos que ainda não estão prontos, os veículos passam por partes em chão batido, caminho que serve para os caminhões transportarem material para a obra.
Nas duas extremidades da ampliação duas pontes estão sendo construídas. A que fica mais perto da Rua Dona Alzira está praticamente concluída. A mais atrasada é a sobre o Arroio Areia, que irá ligar os dois trechos da Severo Dullius.
Além disso, o lixo descartado irregularmente é uma realidade difícil de se livrar. A caliça chega a formar uma espécie de dique às margens da avenida.
Com frequência, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) precisa realizar ações de limpeza na região. Mensalmente são retiradas cerca de 120 toneladas de resíduos da área.
A obra é de responsabilidade da construtora Procon. O investimento na construção é de R$ 77,9 milhões. Já o projeto e a implantação da iluminação pública serão executados pela empresa Ipsul.
Histórico de problemas
O contrato da obra foi assinado em novembro de 2012, mas a ordem de início só foi dada em junho de 2013. Porém, assim como os contratos relacionados às melhorias de infraestrutura previstas para a Copa de 2014, a construção enfrentou muitos problemas.
Desde que foi iniciada, a ampliação já esteve cinco anos e três meses parada, de forma intercalada. Tanto é que a prefeitura quase perdeu o financiamento deste projeto. Em fevereiro de 2020, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) anunciou que estava cancelando o contrato. Em julho do mesmo ano, a prefeitura se comprometeu a retomar os trabalhos, o que ocorreu em agosto. Em outubro, o MDR garantiu a continuidade dos repasses do financiamento.