O futuro da Usina do Gasômetro já está sendo decidido. Foi dada a largada dos estudos que vão definir como o prédio histórico será repassado para a iniciativa privada.
A empresa pública São Paulo Parcerias, da prefeitura paulista, foi contratada pela prefeitura de Porto Alegre. Uma vistoria realizada na quarta-feira (5) iniciou o levantamento. Doze integrantes da empresa, entre arquitetos, economistas, engenheiros e advogados, estiveram no local para fazer apontamentos.
- O estágio atual é o de entendimento do contexto, do entorno, do potencial do equipamento (Usina do Gasômetro), como usar todo o espaço do equipamento para que ele tenha um uso eficiente da sociedade, combinando atividades culturais, econômicas, de forma a garantir que se tenha um projeto sustentável a longo do tempo - destaca o presidente da SP Parcerias, Rogério Ceron.
Os trabalhos devem durar aproximadamente 90 dias. Neste momento ainda não é possível saber quanto tempo terá a concessão, quais espaços serão explorados comercialmente, e os tipos de retornos e contrapartidas necessárias. O que a prefeitura definiu apenas é o uso do local. Ele precisará ser um espaço cultural. Porém, como o prédio demanda um gasto elevado para sua manutenção, não é descartado algum aporte do poder público.
- A Usina do Gasômetro é um prédio maravilhoso, mas caríssimo de se manter. Não tem estrutura forte para realização de eventos com grande público. Ela foi construída para outra finalidade. Então, vamos estudar o que é possível definir - informa a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini.
A intenção da prefeitura, porém, é poder reabrir a Usina do Gasômetro antes dessa definição. Com o fim das obras de revitalização, marcadas para março de 2023, o objetivo é firmar um Termo de Permissão de Uso da cafeteria, que tem espaço de cozinha, banheiro e entrada independente do prédio principal.
Outras concessões
A São Paulo Parcerias também está desenvolvendo a concessão dos banheiros públicos. A previsão é que a consulta pública sobre o assunto seja realizada em novembro. Posteriormente, a empresa pública também irá realizar estudo prevendo uma nova concessão que irá escolher uma empresa que ficará responsável por aterrar cabos de energia e de comunicação em determinados pontos da cidade.
- As empresas de telefonia e de energia é que pagariam pelo serviço. É claro que elas repassariam os custos. Mas o que percebemos é que a rede em poste dá muito mais manutenção, com despesa permanente. O duto é mais caro no início, mas o investimento dá resposta a longo prazo - avalia a secretária.
A prefeitura ficou de encaminhar para a empresa quais áreas serão privilegiadas. Mas já há um entendimento que a região central, o 4º distrito e regiões com maior quantidade de moradores deverão ser atendidas.
Pelos levantamento que realizará, a São Paulo Parcerias receberá R$ 1,49 milhão. Esses valores serão pagos pelas empresas que vencerem as disputas que serão realizadas com base nestes estudos.