A prefeitura de Porto Alegre bateu o martelo. O começo da tão aguardada reforma do viaduto Otávio foi agendado.
O contrato com a empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia foi assinado em julho. Porém, antes da obra poder ser iniciada, era necessário definir a situação dos ocupantes de lojas localizadas no térreo do viaduto.
Todos foram chamados e receberam prazo de 30 dias para desocuparem seus espaços. O prazo se encerrará no dia 13 de outubro. Nesta data será assinada a ordem de início.
As obras estão previstas para iniciar no dia 20 de outubro. A revitalização irá durar um ano e meio. O investimento na reforma será de R$ 13,7 milhões.
Todo o revestimento característico do viaduto – chamado de cirex - será substituído. Atualmente, as paredes do viaduto estão cobertas por pichação.
Além da recuperação da estrutura, estão previstas reformas nas as instalações elétricas, telefônicas, sistemas de segurança e iluminação pública. A obra também permitirá a reativação das escadarias internas do viaduto, hoje inacessíveis ao público.
A revitalização será executada com recursos recebidos da Corporação Andina de Fomento (CAF) para recuperar a orla do Guaíba. A última vez que o viaduto de 270 metros de extensão foi recuperado foi em 2001.
Vinte anos depois, um levantamento do Gabinete de Gestão Integrada do Centro Histórico (GGI-Centro) apontou que a estrutura possuía 747 pichações. Para combater a ação de vândalos, a prefeitura está propondo aumentar a quantidade de câmeras de monitoramento. Dessa forma, a ideia é ter uma ação mais rápida da Guarda Municipal. Além disso, a intenção é criar uma campanha de conscientização sobre a importância de se conservar o espaço.
Situação dos lojistas
Dos 36 permissionários, três estão em situação regular e receberam proposta de se mudarem para o Abrigo dos Bondes, na Praça XV de Novembro. A 25 comerciantes, a prefeitura ofereceu a eles outras alternativas para que não parem suas atividades comerciais, como, por exemplo, loja no Pop Center, com dois meses de isenção de aluguel. Outros 11 oparam por nao comparecer aos encontros e foram notificados através da Procuradoria Geral do Município (PGM) ou pela Coordenação da Fiscalização.