Aguardada com expectativa, a revitalização do simbólico viaduto Otávio Rocha, localizado na Avenida Borges de Medeiros, vai começar. A prefeitura assinou contato com a empresa Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia.
Ela foi a vencedora da licitação realizada em maio. A ordem de início dos trabalhos, que marcará o começo das obras, será dada em até 30 dias. O investimento será de R$ 13,7 milhões. A revitalização irá durar um ano e meio.
- O viaduto precisava, há muito tempo, de uma grande reforma. Este foi um trabalho que envolveu diversas áreas da prefeitura e que se une a esforços como a restauração da Fonte Talavera, o novo Muro da Mauá, as obras do Quadrilátero Central e a reforma do Mercado Publico -, afirma o prefeito Sebastião Melo.
Serão realizados serviços de restauração, recuperação, correção e conservação da estrutura. Todo o revestimento característico do viaduto – chamado de cirex - será substituído. Atualmente, as paredes do viaduto estão cobertas por pichação.
- A revitalização do Viaduto Otávio Rocha encerra um primeiro ciclo de intervenções previstas no programa Centro+. Em breve, com o acréscimo de novas ações, temos convicção de que o Centro Histórico da capital passará a ser referência em recuperação de espaços urbanos -, avalia o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Urbano Schmitt.
Também estão previstos processo de impermeabilização, novas instalações elétricas, iluminação publica e sistemas de segurança. A obra também permitirá a reativação das escadarias internas do viaduto, hoje inacessíveis ao público.
As obras serão executadas com recursos recebidos da Corporação Andina de Fomento (CAF) para revitalizar a orla do Guaíba. A última vez que o viaduto de 270 metros de extensão foi recuperado foi em 2001.
- A arquitetura é a mais permanente das artes. O Viaduto Otávio Rocha é uma das mais belas obras de arquitetura que eu já vi. Porto Alegre merece essa entrega da revitalização dessa linda obra de arte -, salienta o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, André Flores.
Em 2021, um levantamento do Gabinete de Gestão Integrada do Centro Histórico (GGI-Centro) apontou que a estrutura possuía 747 pichações. Para combater a ação de vândalos, a prefeitura está propondo aumentar a quantidade de câmeras de monitoramento. Dessa forma, a ideia é ter uma ação mais rápida da Guarda Municipal. Além disso, a intenção é criar uma campanha de conscientização sobre a importância de se conservar o espaço.