Após um ano, a nova ponte do Guaíba voltou a receber obras. Desde a quinta-feira (7), quem passa pela estrutura precisará ficar atento aos bloqueios parciais que ocorrerão.
O retorno de operários da construtora Queiroz Galvão, porém, nada tem a ver com o prosseguimento da construção. A obra foi inaugurada em dezembro de 2020 sem a construção de quatro alças.
Para que essa etapa seja finalizada é necessário reassentar ao menos 400 das 600 famílias das vilas Areia e Tio Zeca, localizadas às margens da Rua Voluntários da Pátria. Somente para a transferência dos moradores, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) precisará investir aproximadamente R$ 100 milhões. Já para o término da obra serão necessários outros R$ 100 milhões.
O que está ocorrendo, então, são serviços complementares como a instalação de muretas de concreto. Também estão sendo feitos alguns reparos, que são cobertos pela garantia. Estes últimos não geram custo ao Dnit.
Eles incluem a troca de asfalto em determinados trechos, em ambos os sentidos, e a correção da drenagem, já que a estrutura já registrou alagamentos. Os serviços estão previstos para ocorrerem até 15 de maio.
E nem todos os reparos serão realizados. A falta de iluminação ainda será percebida pelos frequentadores da nova ponte. Prefeitura, Dnit e consórcio IP Sul - responsável pela manutenção da iluminação em Porto Alegre - têm conversado sobre a necessidade de um reparo na região, que precisará ser realizado pela Queiroz Galvão. Mas essa ação ainda não tem data prevista.
Quando a obra, de fato, da nova ponte for retomada, a previsão é de que ainda sejam necessários mais oito meses de trabalho. Falta ainda a construção de quatro alças da elevada. Um dos trechos mais importantes, que ainda não está liberado, é o de quem vem do centro de Porto Alegre pela Avenida Castello Branco e pretende seguir em direção a Eldorado do Sul.
Também precisam ser construídos o acesso de quem vem de Gravataí pela freeway e vai para o Humaitá, a alça de quem vem de Eldorado do Sul e vai para o mesmo destino, e o sentido contrário, de quem sai do bairro e vai para Eldorado do Sul.
E o governo federal já avisou que a construção dessas alças foram incluídas no projeto de concessão que está sendo elaborado, e que pretende repassar a BR-116 — entre Porto Alegre e Camaquã — e a BR-290, entre Eldorado do Sul e Pantano Grande, para a iniciativa privada.