Quase um ano após ser inaugurada, a nova ponte do Guaíba está passando por uma minuciosa etapa. A estrutura está sendo testada para saber se foi bem construída.
O procedimento é padrão e realizado sempre em obras de grande porte. Ao longo da sua estrutura, sensores serão instalados. Depois de ser bloqueada para o trânsito de veículos, três caminhões, carregados com brita, passam pela travessia.
O objetivo é saber quanto ela irá "se movimentar". Esta "movimentação" - tecnicamente chamada de deformação -, é normal e prevista para que estruturas de concreto reajam a mudanças bruscas de carga e temperatura.
É o mesmo quando estamos em cima de uma passarela ou viaduto e sentimos ele balançando quando passa um grande veículo. As estruturas podem ter esse movimento, desde que sejam pequenos.
Os resultados serão analisados. Caso algo não esteja de acordo, intervenções poderão ser realizadas. Porém, se tudo estiver de acordo, a construtora Queiroz Galvão repassa oficialmente a nova ponte do Guaíba para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Sendo assim, o contrato com a empresa é encerrado e ela passa apenas a responder sobre as garantias legais da obra. Sob responsabilidade do Dnit ficarão os serviços de conservação e manutenção, bem como as intervenções futuras previstas na obra, que ainda não foi concluída.
Obra longe do fim
Só para a remoção das famílias, o Dnit precisará de aproximadamente R$ 100 milhões. Já para a o término da construção da ponte são estimados outros R$ 100 milhões. Até agora foram investidos R$ 769 milhões na obra.
Quando a obra for retomada, a previsão é que ainda sejam necessários mais oito meses de trabalho. O Dnit apresentou um cálculo que para finalizar as obras é necessário remover ao menos 400 famílias.
Falta ainda a construção de quatro alças da elevada. Um dos trechos mais importantes que ainda não está liberado é o de quem vem do Centro de Porto Alegre pela Avenida Castello Branco e pretende seguir em direção a Eldorado do Sul.