Há poucos registros sobre implosões ocorridas em Porto Alegre. Elas são bem comuns em rodovias, quando há necessidade de retirar rochas do caminho de duplicações, como está ocorrendo na BR-386.
Na capital, há registro de uso de explosivos na antiga sede da Caixa Econômica Federal na Praça da Alfândega, em 1976. Idêntico procedimento passou o que restou do prédio das Lojas Renner, na esquina das ruas Otávio Rocha e Dr. Flores, consumido pelo fogo no mesmo ano.
Há também questionamento sobre a possibilidade do Esqueletão, no Centro Histórico, passar pelo mesmo processo.
O caso mais recente sobre implosões envolveu o estádio Olímpico. Em 2014, a prefeitura entregou a licença para que a antiga casa gremista passasse por esse rito.
A empresa Ramos Andrade Engenharia foi contratada pela OAS. As demolições chegaram a iniciar ainda em 2013. Porém, as dificuldades nas tratativas referentes às obras do entorno da Arena travaram todo o processo.
Em 2019, já com a empresa Karagounis assumindo a responsabilidade sobre a área, a ideia de implosão foi abandonada. O uso de explosivos poderia acarretar impactos ambientais e, em razão disso, riscos desnecessários. Dessa forma, a ideia defendida era que a melhor solução seria mesmo continuar com a demolição da estrutura do estádio Olímpico.
A antiga casa tricolor está desocupada desde dezembro de 2014, quando deixou de receber os treinos do time titular. O jogo derradeiro, porém, ocorreu em 17 de fevereiro de 2013, quando o Grêmio venceu o Veranópolis por 1 a 0, com gol de Werley.
Atualmente, não há como saber como estão as negociações envolvendo OAS, Grêmio, prefeitura de Porto Alegre e Ministério Público, pois a ação está ocorrendo em segredo de justiça. No acordo que vem sendo costurado, o Tricolor antecipa o controle da Arena entrega o seu antigo estádio para a OAS, que se compromete a realizar as obras do entorno da atual casa gremista.