O novo prazo da prefeitura de Porto Alegre dado ao consórcio GAM 3 Parks está se encerrando. O grupo formado pelas empresas 3M Produções e Grupo Austral tem até a próxima quarta-feira (10) para encaminhar a assinatura do contrato de concessão do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho e o primeiro trecho revitalizado da orla do Guaíba.
Adiamentos de prazos estão ocorrendo desde dezembro. De acordo com a Secretaria Municipal de Parcerias, o consórcio vencedor vem encontrando dificuldades na apresentação das garantias, "situação motivada pelo contexto de pandemia que interfere significativamente na economia".
"Os documentos remanescentes são condição para a assinatura do contrato e asseguram que o poder público não terá prejuízos no caso de a concessionária descumprir o que está previsto no contrato", destaca a secretaria.
Lixo na orla
Enquanto isso, a prefeitura de Porto Alegre atua na manutenção destes espaços. Até antes das últimas restrições de circulação na cidade, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) informava que recolhia quase 4 toneladas de resíduos por final de semana.
Uma equipe de 16 pessoas chegou a atuar das 7h30 às 23h aos sábados e domingos. Nas segundas-feiras, outros 12 garis chegaram a ser escalados para a limpeza do local, a fim de remover o acúmulo de resíduos deixado nos finais de semana. O material recolhido é encaminhado ao aterro sanitário em Minas do Leão.
Além das 30 lixeiras instaladas conforme o projeto original do parque, mais oito contêineres são usados como apoio operacional e outros 25 coletores extras têm sido disponibilizados ao público em movimentações normais de circulação.
Futuro da parceria
O contrato prevê investimento de R$ 280 milhões na revitalização e manutenção do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho e na orla, entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias, ao longo de 35 anos. O espaço de concessão é de 256,4 mil metros quadrados.
A parceria com o setor privado inclui a realização anual do Acampamento Farroupilha, o Acampamento Indígena e o Rodeio de Porto Alegre, sem ônus para os visitantes, além do ingresso de R$ 201 mil nos cofres públicos, e de 1,5% do faturamento anual obtido pela concessionária com a exploração dos dois espaços.
Na orla do Guaíba estão inclusos os gastos operacionais, de conserto de equipamentos e manutenção em geral. Nessa área, o investidor também poderia lucrar com eventos de menor porte, além do aluguel dos quatro bares e do restaurante e espaços de publicidade.