Localizada no km 19, em Viamão, o pedágio da RS-040 vai mudar de endereço. A definição está sendo tomada pelo governo do Estado.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o responsável por fazer os estudos de viabilidade financeira da concessão de 83 quilômetros da rodovia e prepara a modelagem do negócio. A estimativa do secretário extraordinário de Parcerias do governo do gaúcho Leonardo Busatto é que o estudo esteja pronto em abril.
O secretário antecipa, porém, que a atual praça de pedágio está com os dias contados. Ainda não há definição para onde ela irá, mas já se sabe que no km 19 ela não ficará.
Três cidades estão sendo especuladas. A lista não foi divulgada por Busatto. Ele informa que uma delas é a própria cidade de Viamão. Porém, o posto de cobrança não ficará mais em área urbana e deverá ser transferido mais para perto do Litoral.
- Ainda não temos a definição de qual será a nova localização, mas o fato é que será retirado da área urbana, mas provavelmente continua na área de Viamão. Só estamos estudando a alteração do quilômetro na rodovia. A ideia é que a praça fique numa área rural. Precisamos finalizar o estudo de demanda com as pesquisas origem destino para bater o martelo - destaca o secretário.
Com o modelo econômico finalizado, o governo poderá ter o real impacto do valor da tarifa. A consulta e audiência públicas devem ocorrer entre junho e julho.
- Nunca se recomenda colocar pedágios em área urbana, pois acaba prejudicando aqueles carros que transitam de uma lugar a outro na mesma cidade. A ideia é cobrar tarifa de quem usa por trechos maiores - acrescenta ele.
Ainda não está definido se os moradores de Viamão seguirão isentos do pagamento. Mas Busatto lembra que, se a decisão for mantida, vai onerar mais os demais usuários. Essa é uma decisão que será tomada pelo núcleo de governo.
O leilão que envolve o repasse da RS-040 para a iniciativa privada envolve também a RS-020, a RS-115, a RS-118, RS-235, a RS-239, a RS-466, a RS-474 e a RS-784. Antes da publicação dos editais, revisões serão feitas pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE), pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Suk (Agergs). Os leilões deverão ocorrer na B3, Bolsa de Valores Brasileira, em São Paulo.