A sinaleira que demora para abrir; o conjunto delas que não tem a tão esperada "onda verde" - quando é possível para uma série de equipamentos de uma só vez; a que desliga quando venta. Os exemplos de problemas e reclamações são extensos.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) firmou uma parceria. A empresa Kapsch Traficcom Controle de Tráfego e de Transporte do Brasil irá ceder, temporariamente, um sistema que altera automaticamente os tempos das sinaleiras segundo leituras frequentes das condições de tráfego na via. Para isso, são usados dados em tempo real
A parceria é válida por seis meses. O trecho que terá o novo sistema de semáforos inteligentes fica na Avenida Erico Veríssimo entre a Avenida Ipiranga e a Rótula do Papa. Por enquanto, a EPTC informa que o sistema ainda não foi implantado. Os agentes estão em treinamento para, depois, ele ser implantado e testado.
"Este novo sistema que será testado na Érico é para conhecer a ferramenta e verificar a viabilidade de uso em Porto Alegre. O processo inicia com conhecimento da tecnologia e treinamento de equipe de programação, instalação e manutenção e, após esse processo se verificará a viabilidade de atender as necessidades e características de mobilidade de Porto Alegre", informa a assessoria da empresa pública.
Há algum tempo, a EPTC vem buscando um modelo a ser implementado na cidade. Um deles está em vigor desde 2016. Na Avenida Nilo Peçanha, 12 pontos de cruzamento contam com um equipamento chamado Sistema de Controle de Tráfego Adaptativo em Tempo Real (Scats, sigla em inglês).
Segundo a EPTC, ele permite identificar o volume de veículos e reorganizar os tempos. O investimento, de R$ 300 mil, foi uma contrapartida da obra de ampliação do Shopping Iguatemi.
Em 2019, a prefeitura lançou um novo chamamento para que empresas apresentassem novos estudos. Os equipamentos deveriam ser capazes de calcular defasagens, ciclos e tempos de verdes dos semáforos, "considerando as condições de rede de sincronismo pré-estabelecidas pela EPTC".
Atualmente, mais de 1,3 mil das quase 1,4 mil sinaleiras integram alguma rede com ciclos pré-programados conforme a movimentação das vias ao longo do dia. Determinados pela EPTC, esses tempos podem ser alterados de forma manual — o que ocorre apenas quando há problemas pontuais.