A EPTC lançou um chamamento público convocando empresas para apresentarem nova tecnologia para sinaleiras em Porto Alegre. Os interessados têm até 20 de agosto para enviarem documentação técnica solicitada.
Cada empresa pode apresentar seu equipamento. O objetivo é testar as tecnologias disponíveis no mercado e ver quais se adaptam com o sistema da EPTC.
Aqueles que melhor responderem aos interesses da prefeitura serão usados como modelos para a montagem do edital, que será lançado em breve. Esse tipo de sistema altera automaticamente os tempos das sinaleiras segundo leituras frequentes das condições de tráfego na via. Para isso são usados dados lidos em tempo real, baseados em algoritmos de inteligência artificial.
Os equipamentos devem ser capazes de calcular defasagens, ciclos e tempos de verdes dos semáforos, considerando as condições de rede de sincronismo pré-estabelecidas pela EPTC. A interface de tecnologia da informação necessária para gerenciamento do sistema deve estar disponível no Centro de Controle e Monitoramento da Mobilidade para acompanhamento e com possibilidade de intervenção on-line, caso necessário, durante todo o período dos testes.
Além disso, a EPTC quer ampliar o que está disponível na Avenida Nilo Peçanha desde 2016. Um sistema australiano (Sidney Coordinated Adaptative Traffic System, também conhecido como SCATS) é o responsável por disciplinar o trânsito em alguns cruzamentos da via. Eles custaram R$ 1,2 milhão e o recurso usado veio de contrapartida após ampliação de um shopping center. O objetivo é mais equipamentos como este na Terceira Perimetral.
- Esse chamamento público visa justamente possibilitar o teste de sistemas diferentes do SCATS, vislumbrando ampliar o leque de alternativas inteligentes na cidade -, explica a coordenadora de Indicadores de Engenharia de Tráfego da EPTC, Julia Lopes de Oliveira Freitas.
Já as sinaleiras normais, que representam 98% dos equipamentos instalados na cidade, possuem ciclos pré definidos e são alteradas manualmente por agentes da EPTC, quando necessário. Isso é feito a partir do Centro de Controle e Monitoramento da Mobilidade.