A partir desta segunda-feira (1), a ampliação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre entra em uma nova fase. Com o término das obras em junho, os dois novos prédios começam a ser vistoriados. É a chamada fase de transferência de operação.
Neste período, será conferida a adequação das instalações, acabamentos, sistemas elétrico e de climatização, elevadores, além de outros detalhes e das condições de segurança para pacientes e profissionais. A previsão é que essa etapa seja concluída em três meses.
Para poder ocupar os novos espaços, porém, o hospital precisa conseguir a aprovação do Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI), já protocolado junto ao Corpo de Bombeiros. Após esse aval, faltará ainda o Habite-se da prefeitura.
A direção do hospital também está adquirindo os móveis dos anexos e realizando as obras para a ligação dos dois edifícios com o antigo. A expectativa da direção do Clínicas é que seja possível iniciar a transferência do setor de emergência e da recepção do ambulatório para os novos espaços até o fim do ano. Para isso, é necessário que todos requisitos legais, técnicos e de segurança sejam atendidos.
A nova emergência está sendo aumentada de 1,7 mil metros quadrados para 5,15 mil, o que irá garantir uma maior qualidade na execução dos procedimentos necessários. As camas deixarão de ficar praticamente umas grudadas nas outras, o que representa risco tanto para o paciente e os profissionais da área da saúde. A partir da finalização da ampliação, o distanciamento das camas atenderá o exigido pela legislação atual, que determina que cada leito esteja dentro 8,5 metros quadrados. Além disso, os pacientes agudos, críticos e crônicos agudizados, que hoje dividem o mesmo espaço, receberão áreas específicas para atendimento.
Já a nova recepção do ambulatório vai trazer mais conforto e estrutura aos pacientes e seus acompanhantes. O local realiza cerca de 1,5 mil consultas por dia, metade delas para pacientes do interior gaúcho ou de outros estados. A ocupação dos demais pavimentos vai seguir ocorrendo a partir de 2020, de acordo com a disponibilidade de recursos e observando padrões técnicos e de segurança.
"Uma das áreas prioritárias para transferência no próximo ano é o Bloco Cirúrgico. Para que isso ocorra, é preciso primeiramente instalar o Centro de Material Esterilizado, onde os instrumentais cirúrgicos são esterilizados. Os equipamentos para essa área já estão em processo de licitação", diz a nota do hospital.
O Centro de Tratamento Intensivo passará de 54 para 105 leitos. O bloco cirúrgico terá 41 salas – hoje são 28. E as salas de recuperação, que hoje recebem 22 leitos, passarão a ter 90, além de 60 poltronas de recuperação.
A ampliação começou a ser realizada em junho de 2014. Contratualmente, o término da construção deveria ocorrer no fim de 2017, mas foi adiado em 12 meses. Em novembro do ano passado, porém, o término das obras foi postergado para o fim do primeiro semestre de 2019.