A construção dos dois prédios anexos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre deve ser concluída até o fim do mês. A obra está na fase dos acabamentos, testes de equipamentos e treinamento das equipes para utilização dos novos sistemas elétrico e de climatização. Também está ocorrendo a finalização do projeto paisagístico da área externa.
Após a conclusão da obra, o hospital e o Consórcio Tratenge - Engeform vão vistoriar as instalações. Este trabalho deve durar três meses. Neste período serão verificadas as condições de segurança para pacientes e profissionais que vão usar as novas instalações.
O Hospital ainda precisa aprovar o Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI), que já foi protocolado no Corpo de Bombeiros. Depois disso, ainda é necessário solicitar o Habite-se na Prefeitura de Porto Alegre.
Outras etapas estão em execução "como aquisição de móveis e realização de obras para a ligação física e o estabelecimento de fluxos de medicamentos, alimentos, roupas hospitalares e outros itens entre os blocos A (prédio antigo), B e C (edifícios novos)", informa a assessoria do hospital.
A expectativa da direção do Clínicas é de que, até o fim de 2019, seja possível iniciar a transferência do setor de emergência para o bloco B. A recepção do ambulatório irá para o bloco C. Para isso, é necessário que todos os requisitos legais, técnicos e de segurança sejam atendidos.
A nova emergência está sendo aumentada de 1,7 mil metros quadrados para 5,15 mil, o que irá garantir uma maior qualidade na execução dos procedimentos necessários. As camas deixarão de ficar praticamente umas grudadas nas outras, o que representa risco tanto para o paciente e os profissionais da área da saúde. A partir da finalização da ampliação, o distanciamento das camas atenderá o exigido pela legislação atual, que determina que cada leito esteja dentro 8,5 metros quadrados. Além disso, os pacientes agudos, críticos e crônicos agudizados, que hoje dividem o mesmo espaço, receberão áreas específicas para atendimento.
Já a nova recepção do ambulatório vai trazer mais conforto e estrutura aos pacientes e seus acompanhantes. O local realiza cerca de 1,5 mil consultas por dia, metade delas para pacientes do interior gaúcho ou de outros estados.
"A ocupação dos diferentes pavimentos dos novos prédios vai seguir acontecendo gradualmente a partir de 2020, de acordo com a disponibilidade de recursos e observando padrões técnicos e de segurança, em etapas interdependentes", destaca a nota enviada pela assessoria.
Dentre as melhorias, por exemplo, o Centro de Tratamento Intensivo passará de 54 para 105 leitos. O bloco cirúrgico terá 41 salas – hoje são 28. E as salas de recuperação, que hoje recebem 22 leitos, passarão a ter 90, além de 60 poltronas de recuperação. Para que o espaço seja usado, porém, é preciso primeiramente instalar o Centro de Material Esterilizado, onde os instrumentais cirúrgicos são esterilizados. Os equipamentos para essa área já estão em processo de licitação.
A ampliação começou a ser realizada em junho de 2014. Contratualmente, o término da construção deveria ocorrer no fim de 2017, mas foi adiado em 12 meses. Em novembro do ano passado, porém, o término das obras foi postergado para o fim do primeiro semestre de 2019.