Os operários voltaram nesta segunda-feira (21) para as obras da trincheira da Avenida Cristóvão Colombo. Os trabalhos estão voltados agora para um dos lados do muro de contenção da passagem de nível.
Por uma semana, as obras precisaram ser suspensas para que fosse possível finalizar os termos da doação dos materiais que os empresários conseguiram. O grupo "passou o chapéu" e conseguiu tubos de concreto, asfalto, material para o muro de contenção, madeira e aço.
A mobilização capitaneada pelo empresário Eduardo Estima, iniciada no fim de novembro, contou com a mobilização de integrantes da prefeitura e já conseguiu que ocorresse a limpeza da área, obra de drenagem para impedir alagamentos na trincheira e instalação da iluminação pública. O trecho também recebeu a conclusão da terraplenagem e a aplicação de uma base à espera do asfalto.
A prefeitura de Porto Alegre salienta que o material doado por moradores é suficiente para concluir o muro e outros ajustes que vão permitir a liberação nos dois sentidos da Cristóvão Colombo. Porém, não é o material suficiente para concluir a totalidade das obras da trincheira.
— Mesmo com a liberação da pista, outros serviços ainda precisam ser executados. Restam ainda as alças de acesso, o alargamento da Cristóvão entre Honório Silveira Dias e Luzitana e outros muros de contenção que deverão ser contemplados com a nova licitação que segue os trâmites normais — diz nota da prefeitura.
A ideia anterior era liberar o tráfego na Cristóvão Colombo em janeiro, mas o processo de doação dos materiais, a chuva constante dos últimos dez dias e a intenção de abrir o trânsito nos dois lados da via de uma só vez alteraram o cronograma. O objetivo agora é inaugurar a passagem no começo de março, nas vésperas do Carnaval.
Segundo dados da prefeitura, as obras na passagem de nível pararam em outubro de 2016 com 85% de execução e precisa passar por nova licitação. O consórcio formado pelas empresas EPT, Serenge e Serki desistiu da obra. A alegação dada à prefeitura foi dificuldades financeiras.
O contrato para execução dos trabalhos foi assinado em agosto de 2012. A ordem de início foi dada somente em março de 2013, e a previsão era realizar o serviço num prazo de um ano. Só que os desvios no trânsito começaram apenas em julho daquele ano, e as obras, previstas para a Copa de 2014, tiveram início depois que os jogos deixaram Porto Alegre.