A missão brasileira na China chegou ao fim com conquistas que foram celebradas pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, mas também com pontos ainda a serem trabalhados. Na coluna do saldo positivo, o titular da pasta apontou, por exemplo, o anúncio da retomada das exportações de carne bovina, após o autoembargo do Brasil, conforme protocolo estabelecido entre as duas nações, com a confirmação de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (popularmente chamado de mal da vaca louca). Destacou, ainda, a habilitação de quatro novas unidades para embarques e a retomada de duas que estavam suspensas:
— Temos hoje mais de 50 plantas frigoríficas cadastradas para serem avaliadas pelo governo chinês . As oportunidades estão postas na mesa e tenho certeza de que teremos mais produtos comercializados com a China.
Algodão, milho, uva fresca, noz pecan, sorgo e gergelim são outros produtos que tiveram avanço nas negociações, segundo Fávaro. Sem a etapa presidencial — por motivos de saúde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisou cancelar a viagem —, a missão teve um peso político diferente. Uma nova data acaba de ser sinalizada pelo governo federal.
Entre as negociações ainda por concretizar estão pontos de interesse direto ao Rio Grande do Sul, que nesta quarta-feira (29) teve um evento específico com os chineses. É o caso da ampliação das vendas de carne suína, com a inclusão de produto com osso e miúdos — fruto do novo status sanitário de livre de aftosa sem vacinação. Os gaúchos também querem colocar nas gôndolas do país asiático itens diversificados, como a noz pecan.