Único integrante do alto escalão do governo Luiz Inácio Lula da Silva na China, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse no domingo (26) que a suspensão da visita de Estado adiou a assinatura de acordos de cooperação entre os países. O Itamaraty havia informado a expectativa de ao menos 20 acordos serem firmados, em setores distintos da economia.
Conforme Fávaro, no entanto, negócios entre empresas brasileiras e chinesas deverão ser anunciados porque a agenda empresarial foi mantida.
— Acordos importantes seriam e serão assinados, mas, por óbvio, quando for remarcada a agenda — disse o ministro.
Fávaro afirmou que o adiamento da missão não compromete, apenas atrasa a consolidação de entendimentos bilaterais.
"Vaca louca"
O ministro disse que os chineses já indicaram disposição em rediscutir o protocolo que prevê o autoembargo em casos suspeitos do "mal da vaca louca".
Atualmente, quando uma possível infecção é identificada, o envio da carne à China é suspenso de imediato até a investigação ser concluída. Para Fávaro, é o momento de se revisar o acordo de 2015.