A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois de anunciar investimento milionário na área portuária de Estrela, no Vale do Taquari, a Cooperativa Languiru já tem novos planos de expansão no horizonte. E pertinho dali. Será a instalação de um complexo comercial no prédio que abrigava a antiga fábrica da cervejaria Polar, também em Estrela.
O projeto é ambicioso e do tamanho dos últimos investimentos da empresa, ou seja, ampliando a sua atuação como cooperativa agrícola. Mas ainda não tem data para sair do papel. A construção existente pertence à prefeitura de Estrela e a doação do prédio ainda precisa passar pelo crivo da Câmara de Vereadores.
Em troca do espaço, a cooperativa arcaria com as obras de recuperação do prédio, atualmente bastante deteriorado. Como o intuito de ceder a área é ocupá-lo com negócios que desenvolvam a região, a expectativa é de que a doação se efetive.
O projeto está pronto, adianta o presidente da Languiru à coluna, Dirceu Bayer. E será distribuído em três pavimentos, contemplando restaurante, supermercado, agrocenter, farmácia e loja de vestuário e calçados. Também deve abrigar um espaço para degustar vinhos e cervejas, homenageando a origem do prédio como fábrica de bebidas. No terraço, o grande atrativo do complexo, com restaurante com vista para o rio Taquari.
O empreendimento seguirá o modelo de apostas anteriores da cooperativa, como o Supermercado Languiru, inaugurado há dois anos no shopping de Lajeado. A operação moderna, referência no setor supermercadista, serve de inspiração para os planos futuros da cooperativa.
O aporte no complexo deve custar em torno de R$ 13 milhões. Mas deve acontecer aos poucos:
— Não vamos fazer tudo de uma só vez. Será um investimento a médio prazo porque esse ano não está muito bom para os negócios da cooperativa. Todas que operam no ramo de alimentos, carnes especialmente e mesmo de leite estão passando por dificuldades, historicamente é o pior momento — diz Bayer, mostrando cautela em relação ao negócio, diferente da aposta no porto de Estrela.
— No porto, é um negócio novo da Languiru. O setor de grãos tem sido muito favorável nos últimos anos e temos expectativa enorme em relação a compra de milho, soja e trigo. E teremos estrutura abundante para poder entrar nesse negócio com segurança — completa o presidente sobre a operação na área portuária, que prevê 10 silos com capacidade para 3 mil toneladas cada e um armazém para 30 mil toneladas de grãos.