A mudança no patamar da inspeção, agora estadual, é mais uma das etapas programadas para o frigoríficos de bovinos, nova operação da cooperativa Languiru, com sede em Teutônia, no Vale do Taquari. A unidade receberá ao longo do segundo semestre investimentos de cerca de R$ 10 milhões. O aporte é para aparelhar a estrutura para que possa ser feita a venda de cortes – hoje, a comercialização é da carcaça. Com isso, observa o presidente Dirceu Bayer, a carga poderá compartilhar da logística já existente para a distribuição dos outros itens da marca, o que hoje não é possível.
O selo do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), obtido neste mês, é uma evolução porque permite que a carne seja vendida em todo o território estadual. O passo seguinte, assegura Bayer, será partir para a busca do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que credencia para a comercialização em todo o país e no Exterior.
O frigorífico, que fica em Teutônia, é a quinta indústria no portfólio da Languiru (as outras são de leite, aves, suínos e ração). Em breve, uma sexta planta, de uma queijaria, será adicionada. Sobre a decisão de apostar na produção de carne bovina, no momento em que a inflação faz o consumo doméstico andar devagar, o dirigente explica:
– É mais uma alternativa. Mesmo sendo pequena, existe produção de raças europeias dos nossos associados. Faz parte da diversificação da cooperativa.
Com capacidade de abate de até 400 cabeças por dia, a planta fechará os seis primeiros meses com média diária de cem animais. Quantidade que irá gradualmente sendo ampliada. Em 2021, a Languiru teve alta de 27% no faturamento. Neste ano, projeta novo avanço, chegando R$ 2,8 bilhões.