Agora é oficial. O Paraná poderá deixar de vacinar os 9,2 milhões de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa com o objetivo de buscar a evolução do status sanitário para livre da doença sem imunização, condição hoje que somente Santa Catarina tem. A autorização veio com instrução normativa assinada na tarde desta terça-feira (15) pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Os animais já não participam da segunda etapa da campanha nacional de vacinação, que ocorre em novembro.
A medida reforça a pressão sobre o Rio Grande do Sul, que ainda espera o relatório parcial de auditoria feita em setembro. O documento é aguardado com ansiedade — a expectativa é de que chegue até o final desta semana —, porque sinalizará se o Estado tem condições técnicas de também dar esse passo.
Os gaúchos ainda vacinarão o rebanho neste ano e a decisão em relação à manutenção ou não da imunização será tomada de forma conjunta, reforça Rosane Collares, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura do RS.
Havia a sinalização de que, a partir da autorização dada para o Paraná deixar de vacinar, o trânsito de animais vivos de áreas com imunização seria restrito — via os corredores sanitários. Mas, segundo o Ministério da Agricultura, não haverá modificações na circulação até 31 de dezembro deste ano. O ingresso de exemplares vacinados passa a ser proibido a partir de 2020.
A evolução de status, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), é vista como oportunidade de acesso a mercados diferenciados. A progressão paranaense poderá ser solicitada pelo Brasil em setembro do ano que vem, com a confirmação a ser feita pela OIE em maio de 2021.
— O Brasil tem uma oportunidade gigante de ser um grande exportador não só para a China como para outros países. Então, o Paraná dá um passo importante, mas as coisas não acontecem de uma hora para outra — observou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
No Estado, a chefe da Divisão de Defesa Sanitária da Secretaria da Agricultura cumpre roteiro pelo Interior, dando palestras justamente para esclarecer dúvidas e mostrar como é a atual estrutura.
— O que nós sentimos é que as pessoas estão com opinião muito baseada no que acontecia antigamente, não conhecem as evoluções do sistema. Nossa função é esclarecer — pondera.
Atenção: em breve, você só poderá acessar o site e o aplicativo GaúchaZH usando o seu e-mail cadastrado ou via Facebook. O nome de usuário não estará mais disponível. Acesse gauchazh.com/acesso e saiba mais.