Dos 4 milhões de empregos previstos no país com o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), milhares serão abertos no Rio Grande do Sul. A estimativa foi dada à coluna pelo superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hiratan Pinheiro da Silva, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Segundo ele, só na obra de R$ 200 milhões da BR-290, serão 2 mil funcionários. Na BR-116, serão outros 2 mil. Quando uma obra acaba, o trabalhador vai passando para o lote seguinte.
- Trabalhamos com muita mão de obra local. Temos carência em várias funções. Diversos profissionais saíram da construção. Falta técnico que fica na ponta, laboratório, topografia...
A falta de profissionais foi também apontada pelo coordenador do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Ricardo Portella, que acompanhava a entrevista.
- Engenheiro tem de sobra, mas precisa de topógrafo, laboratorista e operador de máquinas. É a dificuldade que encontraremos quando o PAC vier a acontecer na sua plenitude - projeta ele, acrescentando que, a cada um emprego direto do Novo PAC, são criados outros quatro indiretos.
Para os interessados nas vagas, ele confirma que elas são disponibilizadas direto pelas empresas, nas agências do Sine e nas privadas. Afirma que está se planejando um esforço de qualificação pelo Senai, que é o serviço de aprendizagem voltado à indústria.
Opinião da coluna
Não tem muito milagre quando falta mão de obra, seja em qualquer setor. Para trazer de volta trabalhadores experimentes que foram para outro segmentos, tem que pagar mais e/ou dar condições trabalho mais atrativas. Quando isso compromete a viabilidade econômica do projeto, o que é também bastante comum, precisa formar pessoas que são iniciantes, que é o que o setor está planejando. O poder público e as entidades empresariais, claro, podem ajudar dando incentivos e estimulando o uso da sua estrutura para a busca dessas pessoas e para a sua qualificação.
Tributos
O superintendente do Dnit, Hiratan Silva, destaca o grande recolhimento de ISS, imposto que incide sobre serviços que as obras geram. Ele é um importante tributo na arrecadação dos municípios.
Ouça a entrevista na íntegra:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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