Uma das bandeiras do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, agitada já desde a campanha eleitoral, é a capacidade do investimento público de ser motor do crescimento econômico do país. Esta perspectiva foi, mais uma vez, destacada nesta sexta-feira (11), no lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ao anunciar o investimento de R$ 1,7 trilhão, em todos os Estados, o governo projetou que o programa gerará 4 milhões de empregos no país. São, segundo a estimativa, 2,5 milhões de vagas geradas diretamente pelo PAC e 1,5 milhão de empregos indiretos.
Ao apresentar o programa, durante evento no Rio de Janeiro, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que foram priorizados no PAC investimentos capazes de gerar impacto na economia:
— Buscamos selecionar aquelas obras que tivessem maior impacto econômico, o que os economistas gostam de chamar de "efeito multiplicador". Ou seja, obras que são capazes de destravar muitos outros investimentos.
O ministro citou, como exemplo, os leilões de linhas de energia, que podem viabilizar investimentos privados. Rui Costa ainda destacou que o Novo PAC está aberto a receber outros projetos, não contemplados neste primeiro momento.
— Será dinâmico no sentido de recepcionar novos projetos. Encontraremos meios, seja no financiamento, seja no PPP, de concessões, ou na parceria com Estados e municípios, de viabilizá-los — disse o ministro.
Costa enfatizou, ainda, que a prioridade do Novo PAC é viabilizar projetos por meio do investimento de recursos privados.
— Todos os projetos, todas as ações que ficarem de pé, ou tiverem viabilidade, seja com concessão pública, seja para projeto de parceria público-privada, esta é a opção prioritária, para que os recurso da União sobrem para aqueles projetos que não tenham viabilidade de PPP ou concessão, mas que são extremamente importantes para a população. Portanto, ao me dirigir aos empresários, quero dizer que se planejem, se organizem, apresentem sugestões às nossas equipes. Superaremos todos os entraves, com diálogo, com entendimento, para buscar agilizar e materializar todas essas obras.
Dos R$ 1,7 trilhão que o Novo PAC deve direcionar, segundo a estimativa do governo, R$ 612 bilhões serão de recursos privados; R$ 371 bilhões virão do orçamento da União; R$ 362 bilhões serão disponibilizados por meio de financiamentos; e R$ 343 bilhões serão investidos por empresas estatais.