Quase duas semanas antes do prazo pretendido, a Caixa Econômica Federal concluiu o depósito na conta dos trabalhadores de parte do lucro obtido pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2019. O montante atinge R$ 7,5 bilhões. A partir de agora, os valores já podem ser verificados no extrato.
Como são cerca de 167 milhões de contas, ativas e inativas, o valor médio por cada uma foi de R$ 45. Mas varia muito, conforme o saldo de cada pessoa em 31 de dezembro de 2019. Por lei, o FGTS tem rendimento de 3% ao ano. Assim, sem essa remuneração, para cada R$ 100 que o trabalhador tinha na conta no início de 2019, teria R$ 103 no final do ano. Com a distribuição dos lucros, o saldo passa a R$ 104,90. Então, o trabalhador teve depositado em sua conta do FGTS R$ 1,90 para cada R$ 100 que ele tinha no fundo no fechamento do ano passado.
O rendimento das contas do FGTS, considerando a distribuição de resultados, foi de 4,9%. É uma rentabilidade superior a diversas aplicações financeiras disponíveis no mercado. Para se ter uma ideia, a inflação foi de 4,31% em 2019 e a poupança rendeu 4,26%.
Mesmo pago agora, o rendimento é referente a 2019. Então, os depósitos foram feitos considerando o valor nas contas em 31 de dezembro de 2019. Quem sacou depois disso não perdeu o direito ao dinheiro.
O valor passa a compor o saldo das contas do FGTS, que poderá ser sacado nas situações previstas na lei, como casos de demissão sem justa causa, saque aniversário, aposentadoria e outros. Os trabalhadores já podem consultar o valor do crédito em seu extrato disponível no APP FGTS, site da caixa (fgts.caixa.gov.br) e internet Banking CAIXA.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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