Uma pergunta que a coluna recebe com frequência é sobre o prazo mínimo para deixar o dinheiro aplicado em um investimento. Se eu estou com um dinheiro em mãos e não tenho certeza de quando irei usá-lo, vale a pena colocar em uma aplicação financeira? Ou será que deixa mesmo na conta corrente, que não tem rentabilidade e nem correção monetária? A coluna compartilhou essa dúvida com a planejadora financeira Leticia Camargo no programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha). Ela deu como um exemplo um caso real que aconteceu com um cliente:
- Ele recebeu um dinheiro e estava na dúvida do que fazer. Se quitava o financiamento do imóvel, guardava para reserva de emergência ou investia a longo prazo? Enquanto ele decidia isso, deixava o dinheiro na conta. Falei para ele que, enquanto ele tomava a decisão, o melhor seria investir esses recursos. Poderia ser em um fundo DI ou CDB-DI. Mas tem que ser um produto (aplicação) bem conservador, que não vai ter muita variação e nem muito risco. E que tenha também boa liquidez (ou seja, pode ser sacado a qualquer tempo sem prejuízo). Afinal, assim que ele tomar a decisão, fará algo com o dinheiro - comentou Leticia.
Surgiu, então, a dúvida em relação aos custos do investimento e também sobre o pagamento de impostos. O cliente da planejadora estava com medo de perder dinheiro em taxas e tributos se tivesse que sacar em seguida. Leticia tranquiliza:
- Para fundos DI e CDB-DI, é o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o Imposto de Renda sobre ganho de capital, que é a rentabilidade. Esses dois impostos recaem sobre quanto rendeu o fundo ou o CDB. Então, no caso, ele pagaria um percentual do quanto tivesse rendido. Ele vai pagar um percentual do rendimento e ainda resgataria um valor maior do que foi investido - detalha a planejadora.
É verdade que, com as taxas de juro baixas do atual cenário brasileiro, deixar o dinheiro aplicado por poucos dias pode gerar um resultado pequeno. Mesmo assim, Leticia lembra que vale menos ainda deixar o dinheiro parado. E brinca:
- Mesmo que renda um picolé, prefiro que o picolé fique para mim - brinca Leticia.
Ouça mais no programa Acerto de Contas (domingo, às 6h, na Rádio Gaúcha):
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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