Se depender do presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, o partido do governador Eduardo Leite vai se fundir com o PSD para vencer a cláusula de barreira na eleição de 2026 e apresentar uma candidatura viável à Presidência da República. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, nesta quinta-feira (16), Perillo disse que Leite é o nome do partido para concorrer a presidente e quebrar a polarização entre o bolsonarismo e o petismo.
De acordo com Perillo, as conversas sobre fusão ou incorporação não envolvem apenas o PSD de Gilberto Kassab. Ele tem tratado do assunto com o presidente do MDB, Baleia Rossi, e com o ex-presidente Michel Temer. Também conversou com dirigentes do Republicanos, do Podemos e do Solidariedade.
— Precisamos de uma alternativa que nos mantenha de pé, com nossos propósitos e projetos. Queremos apresentar não apenas um candidato, mas um projeto para o Brasil — disse Perillo.
O mês de fevereiro será dedicado às discussões internas, com os três governadores, os parlamentares e os dirigentes estaduais. Em março deve ser anunciada a fusão, incorporação ou a continuidade do PSDB em carreira solo. O que Perillo descarta é a formação de uma federação, dado que a experiência com o Cidadania foi ruim. O Cidadania já avisou que a partir do ano que vem vai procurar outro rumo.
Na entrevista, Perillo reconheceu que o PSDB errou muito nos últimos anos, depois de ter governado o Brasil por oito anos com Fernando Henrique Cardoso:
— Em 2006, erramos no conceito e perdemos (Geraldo Alckmin renegou as privatizações de Fernando Henrique por exemplo). Em 2014 erramos em não priorizar Minas Gerais, que acabou nos derrotando. Em 2018 erramos em atacar Bolsonaro, achando que ele era o nosso adversário, e o PT foi para o segundo turno. E em 2022 erramos por não ter candidato a presidente. Sem candidato a presidente, o partido encolheu e fizemos apenas três deputados federais.