Quase 40% da população economicamente ativa do Rio Grande do Sul já teve redução de renda desde que começou a pandemia. Que a queda ocorreria, é óbvio, mas mostrar a dimensão disso foi um dos objetivos da pesquisa Pandemia 2020, realizada pela RECLAB com apoio da Uffizi Comunicação e Relacionamentos. Aliás, o levantamento traz praticamente um raio X da mudança de consumo desde que o coronavírus virou a vida das pessoas de cabeça para baixo.
O questionário foi aplicado entre os dias 5 e 10 de maio, ouvindo 538 gaúchos. A maioria possui curso superior e renda familiar média acima de R$ 5,2 mil mensais. Abaixo, veja os destaques selecionados pela coluna com a diretora da RECLAB, Suzana Carvalho:
Situação financeira no momento:
- Está com a renda reduzida: 36,6%
- Permanece com a mesma renda: 35%
- Não está recebendo valor algum: 25,3%
Hábitos alimentares durante a pandemia:
- Piorou: 39,5% (com mais intensidade entre pessoas com até 35 anos)
- Não alterou: 35,4%
- Melhorou: 25,1%
Atividades físicas:
- Diminuíram as atividades físicas (também piora quando consideradas pessoas com até 35 anos): 63,1%
O que as pessoas estão fazendo na pandemia?
- Assistem filmes e séries: 72,1%
- Fazem atividades domésticas: 76,1%
- Cozinham: 63%
- Estão trabalhando em home office: 48,8%
De quais serviços sentem mais falta? Os mais citados:
- Bares e restaurantes: 75,6%
- Comércio: 65,3%
- Academias e clubes: 54,3%
- Escolas e universidades: 34,6%
- Cinema e teatro: 34,1%
O que estão comprando mais? Os mais citados:
- Alimentos: 67%
- Produtos de limpeza: 33,5%
- Medicamentos: 12,1%
- Livros: 9,5%
O que estão comprando menos? Os mais citados:
- Vestuário: 61,6%
- Presentes em geral: 43,5%
- Brinquedos e jogos: 14%
Sobre a ida ao ponto de venda:
- Preferem ir até o local de compra: 66,9%
- Não fazem compras online: 22,7%
Gaúchos que estão comprando pela internet, usam:
- Sites e aplicativos de farmácias e supermercados: 37%
- Aplicativos de marketplace com entrega: 27,9%
- Sites de lojas: 26%
- WhatsApp de lojas: 18,6%
- Sites de compras com várias empresas: 23,2%
O que importa para quem compra online?
- Preço: 61,3%
- Tempo de entrega: 49,3%
- Marca: 34,6%
Quem trocou de marca (29%), o fez por:
- Preço: 51,3%
- Não tinha a marca que normalmente compra: 50,6%
- Oferta: 25,6%
- Experimentar: 12,2%
- Ação social da marca: 12,2%
E, para fechar:
- Disseram que sentem-se seguros de frequentar lojas que respeitem normas de higiene e saúde: 65%
- Apoiam o uso obrigatório de máscaras: 90%
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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