Uma empresa com sede em Porto Alegre, a Quick House está construindo um hospital modular em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. A estrutura fica no artigo aeroclube do município e será usada no combate à covid-19. A primeira etapa da obra tem 100 leitos está levando 30 dias. Começou em abril e será entregue em maio já pela empresa gaúcha.
Os outros 200 leitos serão entregues 20 dias depois. O custo total da obra é de R$ 62 milhões, segundo a Quick House. Especializada em estruturas modulares, a empresa afirma que a construção ocorre em tempo recorde. Para isso, cerca de 400 operários trabalham no local em três turnos, 24 horas por dia.
O empreendimento está sendo chamado de Hospital Modular e foi licitado pela Secretaria Estadual de Obras do Rio de Janeiro. Ele terá 12,8 mil metros quadrados, com 300 leitos para pacientes com coronavírus, sendo que 120 são de UTIs.
No mesmo terreno, está sendo erguido pela Secretaria Estadual de Saúde, de forma emergencial, um hospital de campanha. As tendas terão outros 200 leitos, que serão desmontados após a pandemia. Já o Hospital Modular ficará como legado.
Para o projeto, a Quick House fez uma parceria com a Soluções Usiminas, especializada em corte, solda e logística de distribuição de aço. Foi criado um processo que permitirá a construção em 60 dias, a seco e permitindo montagem e desmontagem das estruturas. Houve ainda uma parceria com a Saint-Gobain, empresa de material para construção a seco que está fornecendo rapidamente os itens para agilizar o andamento da obra. A construção a seco usa cimento só na fundação, o que já foi feito. Além disso, todo o material usado é reciclável.
A atuação da Quick House neste momento não se restringe ao Brasil. As estruturas modulares também estão sendo exportadas para cinco hospitais em Porto Rico. Lá, um parceiro norte-americano construirá com a supervisão da empresa gaúcha.
A empresa
A Quick House tem 48 anos de mercado. O nome, inclusive, faz referência à velocidade das construções já que é "casa rápida" em inglês. A empresa começou em 1972 como fábrica de silos para grãos e desenvolve, desde 1990, a chamada tecnologia Lego. O sistema dispensa o canteiro de obra, reduz o prazo de execução da construção e, claro, cai o custo também. Entre os clientes, estão o poder público, além de Petrobras, Shell, Odebrecht, Cyrela, Gafisa e Alphaville.
As construções são feitas integralmente em aço galvanizado. Para a Quick House, são materiais mais resistentes e duráveis, com isolamento acústico e térmico. Além disso, dispensam o uso de cimento e argamassa, reduzindo o consumo de energia.
Veja abaixo um vídeo que mostra a vista aérea da obra:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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