O preço da gasolina no Rio Grande do Sul subiu pela sétima semana consecutiva, segundo a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo divulgada neste sábado (13). A média do litro passou de R$ 4,613 para R$ 4,639, o valor mais alto desde novembro de 2018.
Chama a atenção na pesquisa da ANP que já tem posto de combustível cobrando R$ 5,188. O valor foi encontrado em um estabelecimento de Bagé, na Campanha. O preço mais baixo do levantamento foi R$ 4,27, em Santa Rosa, município na região Noroeste e onde tradicionalmente são identificados os menores valores.
Em Porto Alegre, o preço ficou estável. O litro custa em média R$ 4,669. Os preços encontrados pela ANP na Capital variam de R$ 4,549 a R$ 4,70.
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Tendência
O que temos de certeza é que o preço usado para cálculo do ICMS da gasolina terá alta novamente no Rio Grande do Sul, com uma elevação de R$ 0,17. Passará de R$ 4,43, que estava em vigor desde 1º de abril, para R$ 4,60, que passa a valer no dia 16. É sobre o preço que incide a alíquota de 30% do tributo sobre a gasolina para recolhimento pelas empresas.
Sobre as decisões da Petrobras, há uma incógnita agora. O preço do petróleo segue em alta no mercado internacional e seria a principal pressão sobre as decisões da estatal para reajustes na refinaria, junto com variações de câmbio. Em tese, poderia se prever nova elevação.
Só que o recuo da Petrobras no reajuste do diesel após determinação do presidente Jair Bolsonaro jogou incerteza sobre a política de preços criada em 2017. A sexta-feira foi marcada pelos impactos da decisão, com manifestações do Governo Federal e perda de R$ 32 bilhões no valor de mercado da estatal. O assunto terá novos capítulos ao longo da semana, incluindo uma reunião de Bolsonaro, com ministérios e direção da Petrobras na terça-feira (16).
Ou seja, ficou difícil fazer projeções sobre os próximos reajustes da Petrobras. Integrantes do governo disseram que foi uma decisão pontual e a recupercussão foi ruim. Pode ser que não ocorra de novo, mas melhor aguardar antes de cravar certezas.
Lembrando que a coluna concorda que os combustíveis são caros no país, ainda mais considerando o padrão de renda do brasileiro. No entanto, acredita que o alvo do governo deveria ser a carga tributária e não há, no horizonte, expectativa de redução de impostos.