O Rio Grande do Sul fechou 2018 com 91 pedidos de falência de empresas. Houve um aumento de 47% em relação a 2017, quando foram 62. Os dados foram enviados pela Serasa Experian para a coluna Acerto de Contas.
Por outro lado, caiu o número de pedidos de recuperação judicial. Foram 140 contra 162 do ano anterior. O mecanismo substituiu a antiga concordata. O objetivo é dar um fôlego para a empresa organizar as finanças e seguir operando.
No entanto, há uma interpretação do presidente da Comissão de Falências da OAB/RS, João Medeiros, de que muitas empresas pediram autofalência, pulando a recuperação judicial. Isso ocorreu porque seguravam as pontas do caixa para a retomada da economia em 2018, que não ocorreu e o ano ainda trouxe a greve dos caminhoneiros em maio.
Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, os resultados demonstram o efeito prolongado da estagnação da atividade econômica no país. O ritmo lento de uma retomada, que ficou bem abaixo das expectativas, impactou o desempenho empresarial, afetando principalmente micro e pequenos empreendedores, o que gerou retração dos negócios e aumento de dificuldades financeiras.
Porto Alegre
A Serasa também fez o recorte de Porto Alegre. A Capital fechou 2018 com 15 pedidos de falência, um a menos do que em 2017. Os pedidos de recuperação judicial, no entanto, aumentaram de 16 para 20.