Eduardo Bueno
Meu avô se chamava Augusto Romulo — o que para mim soava mais como título nobiliárquico do que propriamente um nome. Como ele só tivera irmãs e não tinha filhos homens, temia que sua nobre linhagem se findasse com ele. Postulava, por isso, que meu irmão e eu mantivéssemos a descendência, legando o sobrenome para nossos filhos. Não deu. Ainda assim, Augusto viveu uns três anos de glória quando meus colegas de aula decidiram, nos tempos em que prevalecimento não era denominado bullying, me chamar de Romulo. Não só porque julgavam que Eduardo Romulo era nome próprio, pomposo e ridículo o bastante, como também por causa da história daquele cara que mamou na loba. Quinta série forever, sabe como é?
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