Senta que lá vem a história. Mais uma vez a CBF está estabelecendo uma data para começar a utilizar o árbitro assistente de vídeo. A manchete mais recente diz que a entidade projeta o uso do recurso eletrônio já na primeira rodada do Brasileirão 2018. A promessa foi feita pelo presidente da Comissão de Arbitragem, o coronel Marcos Marinho, em entrevista à ESPN. Só acredito vendo.
Ao longo de 2017, foram determinadas pelo menos três datas por Marinho. A primeira delas foi para "apagar o incêndio" provocado pelo gol de mão marcado pelo centroavante Jô na vitória por 1 a 0 do Corinthians sobre o Vasco.
Na oportunidade, houve uma ordem de que a tecnologia seria colocada em prática na rodada seguinte. Era lógico que não haveria tempo para isso. Só quem não sabia era Marco Polo Del Nero, presidente da CBF e responsável pelo "decreto".
Posteriormente, o final do mês de outubro surgiu como nova data para o pontapé para o uso do árbitro de vídeo na competição nacional. Outra vez não passou do anúncio.
E a final da Copa do Brasil? Os duelos entre Cruzeiro e Flamengo contariam com o recurso, mas acabou ficando só no "cheirinho" de estreia.
Importante dizer que nesse meio tempo um processo muito correto e equilibrado foi iniciado pela Comissão de Arbitragem. Houve longo treinamento para um grande grupo de árbitros. Eles tiveram o primeiro contato com o sistema do árbitro de vídeo. Esse deveria ter sido o caminho inicial. Preparar quem vai trabalhar, fornecer as condições técnicas e depois, com tudo resolvido, pensar em datas para começar a utilização.
Por isso, sugiro que a CBF pare de manifestar intenções e faça um anúncio definitivo quando realmente for ocorrer a estreia do uso do recurso . Do contrário, fica parecendo só mais uma promessa que não será cumprida.