A ascensão de Rafael Klein no cenário da arbitragem atingiu seu ápice com a merecida eleição como o melhor árbitro do Brasileirão. A premiação foi anunciada pela CBF nesta segunda-feira (16). Natural de Poço das Antas, no interior gaúcho, Klein consolidou-se como um dos principais nomes do apito nacional, refletindo uma trajetória marcada por dedicação e persistência.
O árbitro gaúcho iniciou sua carreira na arbitragem no futebol amador enquanto cursava Educação Física na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Aos 23 anos, em 2012, encontrou um panfleto que divulgava o curso de arbitragem da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Inscreveu-se e começou a trilhar com mais seriedade o caminho do apito.
Em 2023, o juiz gaúcho teve um ano de afirmação na carreira. Foi um dos que mais apitou jogos na Série A e se consolidou no cenário nacional. Passo a passo, o ano de 2024 foi particularmente emblemático para ele. Ingressou no quadro de árbitros da Fifa e confirmou a mudança de patamar.
No Gauchão, apitou sua primeira final e reafirmou seu protagonismo no cenário estadual. No Brasileirão, manteve o alto nível de desempenho, sendo designado para partidas de grande relevância, incluindo confrontos decisivos na luta contra o rebaixamento, como o embate entre Atlético-MG e Athletico-PR, nos quais sua atuação foi impecável.
Além disso, teve a responsabilidade de conduzir o jogo de ida da final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético-MG, demonstrando a confiança da comissão de arbitragem em sua capacidade de comandar partidas de alta pressão.
A trajetória de Klein é um exemplo de perseverança e foco. Desde os primeiros passos no interior gaúcho até o reconhecimento nacional e internacional, sua carreira reflete a dedicação de mais de uma década ao apito. Fui colega de curso de arbitragem de Rafael Klein na turma de 2012 e acompanhei o início dessa trajetória.
Com um futuro promissor pela frente, hoje aos 34 anos, Klein tem potencial para alcançar voos ainda mais altos, incluindo a possibilidade de representar o Brasil em uma Copa do Mundo. Antes disso, ele tem um Gauchão importante pela frente e um objetivo a ser cumprido: Klein nunca apitou um Gre-Nal, e isso está bem perto de acontecer.
Além de Rafael Klein no apito, o melhor quarteto do Brasileirão também teve os assistentes Nailton Júnior e Neuza Back e o árbitro de vídeo Wagner Reway. Todos são integrantes do quadro de árbitros internacionais da Fifa.
Deixo aqui o convite aos leitores para que assistam ao programa Sem Filtro da semana passada, que teve como convidado o árbitro Rafael Klein: