Carballo finalmente foi liberado pelo departamento médico e participa dos treinos do Grêmio desde esta segunda-feira (15). O uruguaio não entra em campo desde a última rodada do Brasileirão 2023 — já estamos na mesma competição, só que em 2024. Faltou maiores explicações sobre o caso envolvendo o atleta do Tricolor.
Compreendo a questão da relação médico-paciente. Ela é sagrada, em alguns casos. Também aceito as restrições quanto a tornar públicas informações sobre lesões, diferentemente de como era no passado. Há uma questão ética. É do paciente esse direito, seja jogador ou escriturário.
Não é culpa dos profissionais dos clubes essa comunicação por boletins, como fazem os hospitais. O Conselho Regional de Medicina está de olho. Minha questão, como leigo, no caso Carballo, é o fato dele ser um ativo de R$ 22 milhões sem previsão de retorno. É um prejuízo absurdo, sem falar no campo.
Carballo vai ao Uruguai fazer “pequeno procedimento no púbis”, com anuência do Grêmio, do Hospital Moinhos de Vento, de um cirurgião geral e de um ortopedista, conforme nota de dezembro de 2023. Passa um tempão lá, mas volta com as mesmas dores (segundo ele, ao menos).
Mais adiante surge a informação de que a cirurgia era para tirar uma hérnia. No meu tempo de repórter, os médicos dos clubes, especialistas respeitados, batiam o martelo. Ponto. Tempo é dinheiro. O jogador não está sob contrato? O Caso Carballo passa a sensação de muito debate e pouca solução. Que mistério.