Lamentável Paolo Guerrero erguer o dedo médio na direção do auxiliar. Fez bem em pedir desculpas aos seus companheiros do Inter. Deixou-os na mão ao ser expulso por reclamação. Quanto a isso, sem discussão.
Agora, no campo, deve ser difícil para um atacante goleador feito ele manter a calma.
Fora de casa, a bola não chega. Por isso quase todos os seus gols são no Beira-Rio.
Contra o Flamengo, nos 43 minutos em que esteve em campo, só recebeu de costas ou cercado, sem opções de passe. Ninguém se aproxima. Restou-lhe ficar sozinho tomando pancada da marcação por todos os lados.
A irritação é compreensível. Além do mais, ele sofreu um pênalti não marcado, na minha opinião. E, depois, teve o supercílio aberto com forte sangramento.
No lance reclamado pelo Inter, Rodrigo Caio acerta uma joelhada em sua perna de apoio, derrubando-o quando ele ajeitava o corpo para o chute, de frente para o goleiro Diego Alves. Penalidade e expulsão, do mesmo jeito que no lance de Bruno em Gabigol, corretamente assinalado e punido. Em nenhum deles quem comete a infração visa a bola. Dois pesos, duas medidas.
O que não pode é, uma vez irritado, Guerrero perder a cabeça e ultrapassar os limites da educação e do bom senso. O peruano corre sério risco de ser denunciado e suspenso de algumas rodadas pelo STJD, desfalcando o Inter em jogos importantes rumo ao objetivo de ficar no G-4 e, assim, garantir fase de grupos na Libertadores e Copa do Brasil diretamente nas oitavas, em 2020.