Uma mãe de lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis) e um filhote recém-nascido estão sendo monitorados pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) desde segunda-feira (6), no Litoral Sul do Rio Grande do Sul. Segundo o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM) da FURG, esta é uma ocorrência rara na região.
O monitoramento ocorre por questões de segurança. A raridade de um filhote nascer em águas gaúchas é porque a espécie tem suas colônias reprodutivas nos litorais do Uruguai e da Argentina, e não se reproduz no Brasil.
Os lobos-marinhos-sul-americanos costumam buscar a faixa de areia das praias para descansar durante o deslocamento das colônias reprodutivas juvenis e adultas, principalmente nos meses de inverno e início de primavera.
De acordo com técnicos da Furg, mãe e filhote estão na faixa de areia que fica entre o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, em Mostardas, e o Arroio Chuí, em Chuí.
Conforme o CRAM, os dois apresentam boa condição corporal e comportamento normal para a espécie nesta fase de vida, respeitando a condição natural, ainda que esporádica, do nascimento deste indivíduo na nossa região.
A Furg divulgou orientações à comunidade que se deparar com os animais:
- Manter distância mínima de cinco metros dos animais, evitando estresse para mãe e filhote.
- Manter os carros afastados, assim como cachorros e demais animais domésticos.
- Não tentar colocar os animais para dentro da água.
- Não oferecer alimento ou água.
- Não usar flash ao fotografar.
- Admirar sem moderação, mas com respeito aos indivíduos.
